quarta-feira, 3 de março de 2010

"Ode" à Amizade

Parece impossível mas a distância é sem dúvida um factor que cria proximidade. Pensar que a distância pode destruir relações é lógico, mas pensar que pode ser um factor que ajuda a reforçar os laços que suportam essas relações, parece-me a mim mais do que lógico.
A distância, pode ser definitiva, ou na maioria dos casos pode ser temporária. Quanto à definitiva, penso que não se pode englobar no que acabo de dizer, pois é uma distancia que na maioria dos casos leva ao esquecimento. Quando falamos numa distância temporária,em que falamos em dias, meses ou até mesmo alguns anos, e obviamente não falando de relações amorosas, ou que envolvam bem mais do que uma simples e pura amizade, penso que as relações saem fortemente fortalecidas, visto está que, sem querer insinuar que não se dá o devido valor a uma amizade quando a temos “á mão de semear”, sentir a falta de alguém, leva-nos a perceber quão valorosa certas pessoas são para nós. Em determinadas alturas da vida pensamos em deixar tudo para trás, correr mundo e procurar novas experiências de vida, é verdade que isso é sem dúvida um factor de enriquecimento pessoal, mas por pior que seja a nossa situação, “o deixar tudo para trás” não significa deixar apenas coisas más, significa, invariavelmente, deixar aquilo que, na minha opinião, faz de nós, em conjunto com a nossa própria personalidade, a pessoa que hoje somos. E o que é então “aquilo”? Aquilo é "apenas e só" as pessoas que nos rodeiam, amigos, família, experiências vividas e jamais esquecidas. E será que vale a pena largar isso tudo definitivamente? Sinceramente não sei, depende muito das amizades e laços construídos ao longo de uma vida e a intensidade com que esses laços foram vividos.

Contudo, é sem dúvida benéfico partir para o desconhecido, descobrir novas experiências e vivências, conhecer novas pessoas e, também aí, criar excelentes laços de amizade, mas pura e simplesmente deixar para trás, ainda que ficando no pensamento, todas aquelas pessoas especiais que de uma forma ou de outra são parte marcante na nossa caminhada, parece-me um preço demasiado alto a pagar. Bem sei que não traçamos os caminhos da vida como queremos e que por vezes somos abrigados a largar tudo, mas tomar esta decisão sem que nada o obrigue e sem que nada o precipite, parece-me a mim, uma decisão corajosa e ao mesmo tempo absurda.
A experiência de vida que vivo neste momento, leva-me a afirmar com convicção que o mais importante da vida são aqueles que temos por nossos amigos e não falo do vizinho do lado que cumprimentamos todos os dias de manha e com quem até, de vez em quando, bebemos um café, falo, obviamente, de amigos verdadeiros, amigos que choram, que riem, que sofrem, que lutam, sempre que nós também o fazemos. Essas pessoas sim, são a essência da nossa vida. Por isso digo e volto a afirmar, não faz sentido deixar tudo isto para trás definitivamente e simplesmente não faz sentido porque este tipo de amizades e laços não se criam num dia, criam-se em anos, em momentos, em sonhos, por isso deixar tudo isto, de livre e espontânea vontade, leva-me a perguntar o porquê de construímos tudo isto. Sim, tudo bem, podem dizer que faz parte da natureza humana criar laços de amizade involuntariamente, ou se preferirem, sub-conscientemente, mas porquê deixar tanta “coisa” boa para trás se nos deu tanto trabalho a cria-la e se neste momento consideramos isso como um factor de orgulho e satisfação. Não creio que haja alguma coisa, ou até mesmo alguém capaz de substituir aqueles são parte de nós.

Penso, que todos nós deviríamos ter uma experiência longe das nossas origens, da nossa gente, pois só nessa altura, saberíamos dar o real valor que representam para nós. E afirmo, com muita certeza, que na maioria dos casos, seria curioso aferir que, aqueles que se diziam capazes de largar tudo e correr mundo, seriam os primeiros a dizer, que largariam tudo, mas apenas por uns dias, meses, ou anos, que definitivamente, seria impensável. Mas a verdade é que nem todos nós temos a oportunidade de viver esse tipo de experiências e portanto, importante é, valorizar cada segundo passado com aqueles que mais gostamos. Fazer da frase, “vive a vida com máxima intensidade”, ou então, “vive cada segundo como se fosse o ultimo”, um lema de vida, dar-nos-á a certeza, quando chegarmos ao fim do nosso caminho, que o percurso percorrido foi maravilhoso e que conhecemos as melhores pessoas do mundo, OS NOSSOS AMIGOS!

A todos os meus amigos um MUITO OBRIGADO!

3 comentários:

  1. eehe, bem, que descrição...já vi k tens jeito pa escrita :P .

    Sem dúvida um fim-de-semana memorável e daqueles que dará pa contar aos filho e netos quando já formos bem velhinhos...Nc pensei k o voltar a infancia fosse tão divertido =D .

    Grd abraço ;)

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  2. Bem aquele comentário era para a parte de rovaniemi...quanto a este texto da amizade é sem dúvida verdade...Eu sempre me achei desses k era só por uma mochila as costas e nc mais ng me veria...conheceria o mundo sem nunca olhar para trás mas de facto neste momento cada pensamento no regresso faz crescer uma ansiedade miudinha que não dá para explicar...
    Uma sensação de quase lágrima no olho para voltar a ver aqueles que deixamos para tras e que com eles vivemos tantas coisas. Concorco plenamente com o que disses-te e também com o facto de fazer boas amizades pois aqui a minha estadia só foi possível por conhecer boas pessoas e c um grd espírito cm tu (fonix esta parte n era pa dizer...j n te vais calar tda semana xD).

    Bem, muitas palavras podia escrever mas penso que já foi quase tudo dito ;)

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  3. Eu sei que sentes a minha falta amor...mas se me pagares a viagem eu vou aí uma semana!lol...apesar de não ser teu amigo.LOL
    Nota-se sempre a falta de alquem quando se tem consideração.Aguardamos o teu regresso...Mas até lá, epah, vai olhando para as filandesas!"!!hehehehe
    Um abraço

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